sexta-feira, 13 de março de 2015

Poesia: Como diria Leminski


Texto (apesar de o titulo dizer poesia XD) de uma amiga que resolveu escrever sua alma, sua noite, sua angustia, sua alegria e seus sonhos! Gosto da ideia de que cada um que ler esse texto vai ter sua própria compreensão de amor, juventude e agruras da vida. Me vi nesse texto em alguns pontos espero que vocês também se encontrem nele e no mais agradeço a poeta por ceder sua obra. Obrigado e te amo muito (Apesar do Tolkien e do Bloch kkkk)

Poesia: Como diria Leminski

“Do amor conheço os sintomas e os hematomas", como diria Leminski. O amor não é justo, pelo menos não sempre. O amor é aquele cara mais velho da escola que nunca te deu bola, porque você era muito nova pra ele. O amor é aquela roupa que te servia há uns dois anos atrás e hoje não entra; o amor é aquele chocolate maravilhoso, que se você come, estraga toda sua dieta de uma semana.
O amor é injusto. E o problema não é amar em si, mais o tempo. As pessoas, quando se encontram, nem  sempre estão no mesmo estágio da vida. Não importa se você é magra, loira e tem os olhos azuis, se o garoto não está  a fim de namorar agora, também não importa o quão bonito e forte seja, se a garota te acha desinteressante.
Conhecemos gente demais em tempos errados demais.
O tempo não poupa nada, nem o amor. Então enquanto o amor não chega no tempo exato, a primeira etapa é amar a si mesmo e conhecer a si mesmo, como disse o filósofo. Cada um de nós antes de amar o outro deveria buscar o conhecimento próprio, na essência. O amor só é possível quando encontramos alguém para somar e não só completar. O amor não pode ser um desespero, carência demais por exemplo, é doença. Agarrar a primeira coisa que se vê só mostra o quão  necessitado nos tornamos a cada segundo em que se está sozinho.  Amar exige maturidade e liberdade. Desejar a companhia de alguém é uma coisa; imaginar o outro como um escravo particular para curar suas inseguranças é outra.
E é por isso, e por tudo que ainda posso ser, que descobri que por mais melancólico que isso possa parecer, me apaixonei por esta possibilidade: de  que não estou pronta para amar. Não estou pronta porque ainda tenho muito a fazer, conhecer o mundo é só o primeiro passo. Sair da sua zona de conforto te traz tanta  lucidez que voltar para a caverna torna-se impossível, e obrigado, Platão! Construo-me com passos leves, curiosos e muito, mas muito mesmo, despreocupados. Não se preocupar é a grande questão, ou pelo menos, não se preocupar demais!
Antes de amar de verdade temos que buscar nossas próprias realizações. E cada um tem as suas, particulares...Eu queria por exemplo, ter um bom emprego, um apartamento só meu pra decorar do meu jeito, e colocar uma estante de livros na sala. Vou colocar um lençol branco na cama. Alguns dias vou querer a companhia das amigas, outros vou querer  ficar sozinha, fazendo macarronada e tomando vinho, quando estiver frio. Vou querer viajar pra Europa, vou assistir filmes Cult e ler Dostoiévski, e provavelmente não entender nada..

Todos os dias vão ser diferentes porque rotina me cansa. Queria ir para todo lugar que tenho vontade, conhecer gente diferente e principalmente descobrir quem eu sou. Acho que de nada vale encontrar o amor da vida se eu não viver o melhor da vida comigo mesma, se não estiver bem comigo mesma. E quando ele chegar eu vou saber, porque eu não vou precisar abrir mão de nada pra depois me arrepender, e principalmente - vou me sentir pronta! E, quando, por poesia, por descuido não, por favor! ...alguém queira ficar, que seja para acrescentar, pra dividir e pra me acompanhar nessa jornada. Quando encontrar alguém eu vou saber, porque não vou mais ter medo da solidão, da insegurança e da morte, como diria o poeta...

Autora: C.

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