quinta-feira, 7 de março de 2013

A Humanidade: Um conto Bárbaro!


A Humanidade:
Um conto Bárbaro! (Parte 1)



Prólogo



A Manhã era quente e Adamantino gostava muito de manhãs assim! Sempre gostara do calor e da beleza que a luz do sol revelava nas coisas simples da natureza como pedras ou plantas.
 Nesta manha ele estava intrigado com o modo que a luz do sol formava sombras engraçadas por detrás das pedras, que ele mesmo com muito esmero cuidou de empilhar!
Continuou á se divertir com as novas formas até que as pedras junto com a tarde caíram, e ele decidiu voltar para casa e para os braços de sua mãe!

Mal sabia que seu mundo cairia igual pedras, ainda antes do sol nascer novamente.


Parte 1: Partida

Aspásia era uma mãe muito zelosa e carinhosa além da conta para os padrões da época, porém o pequeno Adamantino ainda com 7 anos de idade não tinha percepção do quão agraciado era por ter uma mãe tão cuidadosa

Ao ver seu filho Aspásia se levantou para abraçá-lo;
- Olá meu jovem guerreiro! – Disse a mãe tentando descobrir como o filho se aventurara naquela manha – Em quais batalhas inóspitas lutaste hoje guerreiro poderoso? – disse com uma pompa propositalmente exagerada!
- Hoje em nenhuma! Estava olhando o sol e as sombras que ele desenha! 
- Disse o garoto animado com a descoberta -
- Como é inteligente meu garoto! - disse toda orgulhosa – Agora vamos pois seu pai provavelmente vai chegar mais cedo hoje, já que a rede dele não anda tão boa como antigamente!

O menino riu, mas logo tampou a boca, como uma criança faz quando sabe que não deveria ter rido de algo, mas Aspásia não ligou estava preocupada com a ordem de ataques as cidades vizinhas, já que eles estavam longe de cidades maiores, e tristemente longe da capital (Atenas) para receber algum tipo de atenção, porém outros afazeres precisavam da mente dela! E pensar em bárbaros não ajudava muito com o jantar ou em limpar a casa.

Adamantino brincava com o colar velho de sua mãe (Pelo que Adamantino sabia era presente de seu pai Menandro ) uma corrente de prata com um pingente também em prata com uma cabeça de cavalo como símbolo!
O menino não tirava da cabeça que era pégaso o cavalo alado! Por serem pobres, Adamantino nunca entendeu como seu pai sendo um simples pescador poderia dar um colar de prata a sua mãe, Bem poderia ter o achado no fundo do mar, Quem sabe?
Ele pensava sobre isto enquanto sua mãe preparava o jantar e tudo mais que uma mãe daquela época preparava.

Enquanto a tarde já quase em seu fim agonizava, Menandro chegou em casa cansado depois de uma frustrante tentativa de pesca.

Veja só! aqui estão meus motivos de voltar para casa feliz depois de um dia tedioso e sem bons peixes! – Disse Menandro sem tentar esconder um saco com não mais que 5 pequenos peixes – Vejo que o jantar está quase pronto.
-Sim querido...
- Algo te preocupa? – Disse Menandro já sabendo a resposta pelos anos ao lado da bela esposa.
- Na verdade sim! Calistrato me disse que os bárbaros atacaram ontem as cidades ao norte daqui! – ela disse sem muita certeza de onde, de fato ocorrera o tal ataque que Calistrato lhe dissera.
-Bem, alguns dos homens comentaram algo a respeito, mas não devemos nos preocupar com isto, visto que se estes bárbaros não passariam pelos soldados que protegem os arredores!
-Soldados? Eles nem aguentam mais a própria lança!

-Querida sei que nossa cidade não é a maior nem a mais protegida, porém ninguém seria tolo o bastante para mexer com nosso povo! As cidades ao norte não eram tão ligadas assim ao nosso povo e além do mais eu estou aqui para te defender – disse ele com um sorriso maroto que Aspásia bem conhecia!
-Huum já que é assim meu guerreiro dos mares, eu estou em paz nos teus braços fortes - ela disse isso se jogando dramaticamente aos braços (que por sinal eram realmente fortes) de Menandro que a segurou como um Herói, e a noite ( que já caíra depois de tanta conversa ) tornava tudo aquilo mais bonito e poético.

Enquanto isso Adamantino ainda estava brincando e sentiu um cheiro de fumaça ( pois estava mais perto da saída do que seus pais ) largou o colar de cavalo de sua mãe e sem ninguém perceber, se dirigiu para fora de casa e ouviu gritos e grunhidos ao longe! Assustado entrou e avisou seu pai, que olhou para Aspásia atônito ( pois pensara nos Bárbaros da história de seus amigos e de Calistrato ) porém reunindo esperanças disse:
-Minha flor não deve ser nada além de uma briga ou coisa assim! Espere aqui vou ver o que está acontecendo! – porém ao fim da frase suas esperanças se foram ao ver uma flecha pousar em frente a saída da frente, e logo depois outra só que banhada em óleo fumegante! Seguida dos gritos e grunhidos que agora estavam mais perto!

-Não saiam daqui, entendeu? NÃO SAIAM! – Aspásia sentiu o desespero na voz do marido e foi para os fundos junto com Adamantino tentando organizar os pensamentos, porém antes que Menandro conseguisse sair de casa um homem vestido de peles negras de animais e aparência asiática (porém rústica demais para ser um nobre) apareceu sorrindo e segurando uma adaga, com o cabo todo trabalhado!
Adaga que Adamantino viu sair pelas costas do pai, banhada em sangue quente!
O Homem que continuava sorrindo voltou a atenção para Adamantino e sua mãe ( depois que seu pai caíra agonizando ) olhou para eles com desdém e grunhiu algo que Adamantino e sua mãe não entenderam e mais 3 homens entraram na casa também armados com adagas ( estranhas, diferentes de todas que Adamantino já havia visto, assim como a do primeiro homem) e Aspásia percebendo que eles os matariam, procurou com os olhos algo que servisse como arma, o homem vestido de peles negras percebeu mas fingiu não se importar, como se desse tempo para a mulher pensar! 
E para surpresa de mãe e filho o homem disse na língua deles:

-Respeitável senhora! Levaremos o menino, Reaja e terá problemas!

-Ao perceber que eles queriam a Adamantino, Aspásia se ergueu louca como uma leoa que tem seus filhotes ameaçados e de mãos nuas tentou pegar a faca do homem, que com um giro de braço golpeou a frágil mulher com um soco certeiro na fronte, que a fez cair com sangue já lhe cobrindo os olhos antes mesmo de tocar o chão.

Menandro ainda vivo ( que assistia a tudo enquanto agonizava com o ferimento mortal ) com o rosto no chão tentou dizer o nome do filho e da esposa , era difícil de falar com sangue enchendo a sua boca a todo instante! Mas ele tentava mesmo assim.

- Adamanti-tino! Aspá...

Foi quando o pé do terceiro homem (o maior) veio de encontro com a boca de Menandro que com o golpe, virou a cabeça do homem semi-morto em direção a porta, com aquela nova vista assim que recuperou o resto de consciência que teria nos próximos segundos, pode ver os quatro bárbaros ( E outros que não tinham entrado ) levando Adamantino e outros garotos desacordados! 
A morte tinha gosto de sangue e pó, mas era o amor pela mulher e filho que o fizeram derramar uma lágrima antes de sucumbir.

Continua...

Pessoal essa foi minha primeira tentativa de escrever algo portanto preciso da opinião de vocês ok?
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PS:E me perdoem pelos erros históricos, tentem desconsiderá-los !

5 comentários:

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